Tuesday, December 1, 2009

Paranã Puca

Pois é... Há pessoas milionárias e outras com familiares espalhados pelo mundo fora. Ora, eu pertenço ao segundo grupo e por isso Pernambuco, no Brasil, foi o local escolhido para 10 dias de férias. Obrigada Tito pelas fantásticas férias, mesmo com os seus precalços (gastroenterites, picadelas de mosquitos e roedores em avançado estado de decomposição). Aqui ficam as imagens. Xô Stress!!!

P.S. - Ah, e não me podia esquecer da Pepper (ou Pepa), a cadela mais "massa" de Olinda. :)

Sunday, October 18, 2009

Cantar de Emigração

Há uma canção popular Portuguesa com este título. Na voz de Isabel Silvestre soa a rústico, provinciano e antigo... e talvez a canção mais acual para muitos jovens portugueses que nem sabem sequer que esta existe.
Ontem fui notícia de jornal... Bem, não literalmente, mas o meu testemunho estava lá, nas páginas 20 e 21 do semanário Expresso.
Sempre quis fazer algo de bom, de maior para alguém que eu mesma. Algo verdadeiramente altruísta sem ser demasiado majestoso... Achei que dar voz a um "Cantar de Emigração", principalmente no que toca à enfermagem, seria uma forma de o fazer.
Podiamos ouvir mil e uma estórias (e histórias) de jovens licenciados que acabam no desemprego ou, mais frequentemente, a trabalhar em condições precárias ou em áreas completamente diferentes daquelas para as quais queimaram pestanas (serviços como restauração ou comércio). Além do dinheiro que gastam em fotocópias, envelopes e selos para candidaturas espontâneas e respostas a concursos, têm de sobreviver à angústia de esperar por uma resposta, mesmo que negativa, o que por norma não acontece. O desrespeito é, pelos vistos, uma nova forma de combate à recessão e à crise económica.
Muitos deixam-se ficar e aceita trabalhar segundo os termos mais atrozes no que toca à dignidade de certas e determinadas profissões. E as entidades empregadores continuam intocáveis porque sabem como fugir à justiça... Muitas vozes se calam, outras são caladas, umas por medo outras por não encontrarem uma alternativa mais condigna. Há os que são corrompidos pelo sistema, os que se deixam corromper e os que deitam axas para a fogueira da cunha, do compadrio e do tacho.
Quero acreditar na justiça, no "mundo melhor", na força de carácter e na união do povo. Talvez me acusem de comunista ou socialista e não viraria a cara ao que à primeira vista poderia ser tomado como insulto.
A mudança começa em cada um de nós, nas nossas escolhas.
O meu manifesto: párem os queixumes e comece a acção. "Não, não vou por aí", diz José Régio no poema "Cantigo Negro". Ide por outro lado, ide para outro lado, mas não por aí.

Friday, September 4, 2009

Afinal o Natal existe!

Pois é, meus caros seguidores, o mundo é um lugar estranho, estúpido, cão e cheio de surpresas agradáveis.

Após umas merecidas férias ao sol, regressei à chuva miudinha e ao vento chicoteante de Dublin. Levantei-me para o primeiro dia de trabalho pós férias, pensando que ia ter um dia agitado e que ia chegar a casa com uma larica descomunal... Perdida nos meus maravilhosos dilemas de quem está cheio de sono, desci as escadas que dão acesso à garagem e só pensava em pedalar a... Mas que porra?! Onde raio está a Tininha? O espaço estava lá, a bicicleta não. Cadeado cortado. Toca a correr escada acima até ao apartamento e upa para o trabalho. Foi, efectivamente, um dia merdoso: afinal de contas, tinha sido usurpada do meu investimento e amor de uma emigração. Aquele bike era parte de mim, tinhamos uma relação de amor, carinho e vento na fronha.

Pois bem, toca a ir à polícia e dar conta da minha triste sina (extremamente prestáveis devo sublinhar). E tem um autocolante aqui, e outro ali, e uma campainha e a luz fica aqui e... a descrição pormenorizada toda. E foto? Foto?! Hum, não tenho mas arranja-se. Depois volta cá para o depoimento.

E pronto, parecia que o meu destino estava traçado em ter de continuar a pagar uma bike da qual não poderia mais usufruir.

Hoje de manhã lá ganhei coragem para voltar à garagem, na tentativa de investigar a existencia de câmaras de vigilância que pudessem ter registado o infeliz acontecimento (o cadeado cortado ainda lá está). Sacanas, filhos de uma grandessíssima ratazana gorda, feia, peluda e com sífilis (era mais fdp mas queria proteger-vos de linguagem menos própria)! Há câmaras! Ah ah ah, vão ser apanhados! pensava eu enquanto roia o meu rancor pelos assaltantes e chorava a dor da separação (tentando simultaneamente continuar com a minha vida).

Até que tive uma ideia brilhante (que já tinha aparecido anteriormente mas que só então decidi executar): e se eu fosse falar com a equipa de segurança? Com um sketch de imagens da net da Tininha e seus upgrades, lá fui eu ao casebre dos seguranças na esperança de que guardassem os vídeos de vigilância.

Passando pormenores à frente porque vocês já estão a ficar cansados e eu estou a tentar render demasiado o peixe...

AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!! TININHA!

Sim, senhora! Encontrei a minha bike... Recuperada de um assalto furtivo pelos tipos da segurança aqui do complexo, agora os meus heróis favoritos a quem passarei a levar bolachinhas caseiras e que entrarão para sempre nas minhas orações diárias, secção agradecimentos. Foi Natal, Ano Novo, Páscoa, Aniversário e lotaria tudo num só - como diria a Margarida ORGÁSMICO.

E assim sendo, estou muito feliz. Descobri que o pensamento positivo resulta, que a justiça até funciona e que tenho de descobrir mais acerca de seguros para bicicletas.

Thank you Comrade people. Keep up the good work.

Thursday, August 27, 2009

Mr Sniffer

O Olfactidium corporalae abjectis enquadra-se no conjunto de espécies em vias de extinção (para alegria de muitos de nós). Também conhecido como "Cheirinhas" (ou "Sniffer" na língua inglesa), este personagem é vulgarmente vaiado com frases semelhantes a "Yuck!", "Pára com isso", "Que nojo", "Mas será que não tem maneiras" ou "Acho que vou vomitar!".
Mas afinal o que faz o Mr Sniffer?, perguntam vocês. Talvez se venham a arrepender dessa mesma questão. Contudo, o meu dever é relatar a história destes bichos e não zelar pelos vossos interesses digestivos... O Cheirinhas é conhecido pelo seu fantástico hábito de cheirar tudo aquilo que, à primeira vista, soa a repugnante (e não estou a falar do Chanel nº5): mete a mão no sovaco - cheira; eructa (arrota) - cheira; flatulência, mão na zona nadegueira - cheira; limpa o chulé dos pés - cheira; tira o cotão do umbigo - cheira. No fim do cheiramento da coisa, faz cara feia mas rejubila de contentamento ao deparar-se com os seus proprios odores corporais.
E pronto... acho que não é preciso dizer mais nada...

Sunday, July 26, 2009

Unhaca

A espécie Ungis mindinhus longae parece existir em terras lusas desde a pré-história. Consta-se que terá aparecido pela primeira vez na zona de Vila Nova de Foz Côa, numa altura em que o pêlo de cavalo não abundava e os galhos das árvores tinham sido afectados por uma epidemia atroz. Assim sendo, um Gajo das Cavernas iluminado decidiu utilizar a unha do dedo mindinho na decoração do seu habitáculo, gravando para sempre as suas aventuras de caçada nas rochas da região e marcando para sempre a cultura do que, muitos anos mais tarde, seria um país.
Ao longo dos séculos a "Unhaca" foi sendo utilizada para fins diversos desde a agricultura (na abertura de delicados regos para as sementeiras) à tortura (Unhaca cravada na pele é do caneco), mas o expoente máximo da Unhaca será nos campos da música e da higiene pessoal.
Desconhece-se ainda a altura específica em que aconteceu mas, reza a lenda da agora extinta UPU (União Portuguesa da Unhacofilia), terá sido numa fria tarde de Inverno em que um jovem tocador de guitarra da Universidade de Coimbra, com os dedos frios e gelados, as mãos sem luvas, decidiu utilizar a sua Unhaca para dedilhar a sua "dama" (a guitarra, claro). Ora, espantados pelo som esplêndido que dali surgiu, todos os guitarristas da sua geração e seguintes, deixaram crescer as garras e passaram a utilizá-las na composição de belas baladas. Ainda hoje quem não pode, por razões particulares, ter uma unhaca natural, pode adquirir uma postiça, de diferentes tamanhos, feitios ou cores, em qualquer loja de música.
De qualquer forma, o expoente máximo da Unhaca terá surgido pela altura de crise na maior fabrica de cotonetes do país, a Cotonetaria Nacional. Assim sendo, belos espécimens masculinos portugueses, deixaram crescer a unha do dedo mindinho e rapidamente a utilizaram para retirar cera do ouvido, pentear barba e/ou bigode, coçar onde mais tivessem comichão ou retirar restos de comida de entre os dentes.
Mas claro, como tudo na vida, a industrialização e invenção de novos produtos vieram baixar os números deste fenómeno: novos cotonetes, mais seguros e cómodos; fio dentário; mãozinhas de madeira para coçar; chaves de carro de formato mais aerodinâmico para a remoção do cerúmen.
E pronto... chegamos aos dias de hoje. Eu tenho fé, muita fé, no reaparecimento da Unhaca. À semelhança das unhas de gel, a unha comprida do dedo mindinho masculino voltará a viver em todo o seu esplêndor, quiçá embelezada por verniz de cores apetecíveis ou decorada com pequenos autocolantes de temas másculos (como carros, bolas de futebol ou gajas nuas). Talvez venha a salvar o nosso país da recessão e a cultura Europeia ficará muito mais rica. Cristiano Ronaldo, ajuda-nos!

Alerta Vermelho!

(Para aquela família unicelular que me chateia com isto há uma data de tempo)

Nas minhas últimas viagens à selva Portuguesa, tenho-me deparado, com grande tristeza e saudade, com um cada vez menor número de espécies tipica e exclusivamente Portuguesas. Outrora protegidas pela ausência ou parca interferência do universo internacional, estes personagens, agora aves raras, tornavam o nosso dia mais animado, caricato e característico. Em homenagem a todos eles, achei por bem reeditá-los e avivar a memória de Portugueses que, como eu, se encontram distantes do habitat natural ou simplesmente para todos aqueles que já se haviam esquecido destes tesouros nacionais.
Não ambiciono cobrir toda a fauna Portuguesa num só tarde de Domingo (especialmente depois de um copo de tinto): é vasta, diversificada e merece uma atenção cuidada e espartilhada. Carece, portanto, de capítulos e outros compartimentos que tais.
Espero que gostem e, por favor, não hesitem em dar o vosso contributo e testemunho.

Tuesday, July 14, 2009

Ao som de qualquer coisa...

Dance with me tonight as if tomorrow would never come.
Dance with me tonight under the weather, let the rain fall upon us and bless our secret meeting.
Dance with me tonight and tomorrow and everyday for the rest of my life.
Dance with me tonight 'cause this dance makes me laugh as I never did.
Dance with me tonight, happiness is just a few steps away.

Obrigada à Luísa e ao David pelo dia fantástico que proporcionaram... Há uma data de tempo que não me sentia tão eu. Obrigada aos meus pares de bailarico que me fizeram rodopiar e rir que nem uma perdida. Obrigada ao Guerra pelos sons nocturnos da guitarra e a todos aqueles que partilharam da cantoria. Obrigada ao Sr Adérito por me ter guiado pela escuridão das estradas de curva e contracurva e à conversa fiada do Cremalheira que me manteve acordada, a conduzir, no caminho até casa. Foi um rico casamento!!!

Ode to Tininha

Supostamente, e a pedido de uma família especial, era suposto eu estar a escrever sobre outra coisa qualquer que não a Tininha mas, de momento, é o que me apetece fazer.
Desde finais de Maio que me tornei mais amiga do ambiente e vou para o trabalho de bicicleta. Em homenagem a uma bike verde com assento old school (que toda a gente montava) da marca "Tininha", a minha Specialized Vienna tamanho 49 é carinhosamente chamada de Tininha.
Todas as manhãs retiro os cadeados e carrego a Tininha escada acima desde a garagem até à superfície (comando de garagem é uma regalia). Comendo o pó e a chuva da estrada duvidosamente alcatroada, percorremos as ruas dos subúrbios até ao centro. O caminho, quando a descer, não é longo. Os taxistas e motoristas de autocarros gostam de nos fazer tangentes mas, até agora, e graças aos santinhos todos (ou não) nada aconteceu. À vinda para casa... Bem, aí é que a porca torce o rabo e os 7,5km se fazem sentir, é que é sempre a subir...
Mas pronto, dá para descarregar frustrações, dormir melhor e comer uns chocolates extra sem sentimento de culpa.
Tininha power rules. :)

Wednesday, June 3, 2009

Updates em formato rapidinha


Fugindo aos meus habituais testemunhos descritivamente pormenorizados, decidi fazer o update do blog em 5 minutos:

- Finalmente alguém utilizou o colchão insuflável cá de casa.
- Robotsu was in town (Super Hyper Duper CUz...). Thank you very nice pela visita, pelos miminhos, pelas conversas, pelas óptimas escolhas cinematográficas.... "Embrace the Peartree"!
- O Sol esteve de férias na Irlanda e deixou uns quantos "Red Necks" e "Red Everything else" por cá. Foram uma miniférias bem porreiras (do tempo habitual) apesar de eu ter passado 75% delas a trabalhar (num edifício com ar condicionado duvidoso). Utilizamos protector solar (eu e o "Moço do Hotel") enquanto tostavamos em St Stephens Green, comemos gelado e sacamos dos óculos de sol. No mínimo "wickedly grand". Mas o nevoeiro voltou a cobrir a cidade e cheira-me que por algum tempo a empregada do Café Metro (ali para os lados de South Williams Street) não vai ter muitos mais clientes a perguntar (e não fomos nós) "Excuse me but... Do you have sunscreen?".

Welcome to Dublin, where everything is always the same but nothing stays as it is...

P.S. - Já sou 5mm mais Green e vou trabalhar de bike... Tininha is her name! Longa história para outra altura... :P

Sunday, April 19, 2009

Por uma palinha negra...

Sábado, 9 da noite... Os caracóis já sairam de suas casas há muito tempo para a farra mas as caracoletas Portuguesas só agora se despacham de mais um dia de trabalho. Jantar buffet no chinês barato (para os padrões de Dublin, a segunda cidade mais cara de acordo com outra estatística qualquer) e toca a dar corda aos sapatinhos até ao Bleeding Horse. A "M de cabelos ruivos" vai para a Austrália e esta é a festa de despedida.
Os pubs são qualquer coisa de fantástico aqui na Irlanda, têm o dom de estarem sempre cheios, de nos deixarem a alma preenchida, a carteira vazia e a cabeça pesada no dia seguinte. Sábado à noite, no Bleeding Horse, não foi excepção.
Kopperberg de frutos silvestres e Smirnoff Ice, demasiado Smirnoff Ice. Às tantas há brindes e. numa tentativa bem disposta de entreter a multidão. há que tentar convencê-los que eu, sim, eu, também consigo beber uma garrafa qualquer de golada. sem entornar. E bebi. E depois alguém tem a excelente ideia de fazer um concurso entre mim e um Irlandês. Perdi, é certo... mas o engraçado é que passado 10 minutos o meu oponente vem ter comigo, entrega-me uma nova garrafa de Smirnoff e diz "Fiz batota, a palinha que tinha na garrafa deu-me vantagem". De manhã, já de cabeça pesada, só pensava "Foi por uma palinha negra" e ria-me às gargalhadas como se não houvesse amanhã (mas houve).
Mas foi uma noite e pêras. Tiveram de nos mandar embora do bar, logo na altura que eu arranhava o meu melhor sotaque Irlandês e tentava ensinar sueco a dois tipos (só para perceberem o meu fantástico estado de sobriedade não comatosa). A Miss AF dizia que já estava a chamar por mim há séculos mas que eu estava tão entretida na minha estranha conversa "Lost in Translation" que nem dei por ela...
Moral da história: ainda bem que havia guronsan cá em casa (minha santa Mamuska que me protege) e apesar da ressaca... a diversão é para repetir.

From Dublin with a (now gone) hangover. XOXO

Wednesday, April 15, 2009

Páscoa em casa é...

- Pão de Ló a 4 mãos (Mrs DC e Mrs RP);
- Ovos castanhos (agradecimentos às cascas de cebola pelo seu desempenho tintureiro);
- Feno do quintal (espalhado pelo "carreiro" para assinalar a casa);
- Cabrito no forno (quem quiser que coma os miúdos que eu fico com o "kid" mesmo);
- Água benta e o cantar em falsete do Mr CP (Sardanisca e Mrs RP quase que se desfazem às gargalhadas);
- O som das campainhas (tlim tlim, tlim tlim...) e as opas brancas esvoaçantes (MMÃAEEEE!!!!!!!!!!!!! CHAMA OS TIOS!!!!);
- A Mrs DC a dizer que não carrega a cruz (pudera, aos 86 anos ainda lhe impor mais uma cruz quando as cruzes dela já são mais que suficientes);
- Leite creme, aletria e as gargalhadas do uncle T. ("Eh eh eh, OH LICE!");
- As amêndoas de licor sem amêndoa mas com licor de diferentes formatos, cores e feitios (únicas no Mundo e produzidas num cantinho recôndito na Rua do Almada, Porto).

E alguém viu o coelho da Páscoa a por ovos para as omeletas de chocolate? Eu não...

Saturday, March 28, 2009

Bámus ao Parquiiii?


Despertem os sentidos... a primavera está a acordar.

Escapadinha de 3 noites

Há muitos anos atrás, havia uma cidade na Bélgica com um nome romano engraçado que deu origem há palavra Spa (qualquer coisa derivada do latim para "hidratar"). E muitos, mas muitos anos depois eu fui a um... Spa. Pensei que a origem da coisa fosse ao estilo sigla, algo como Special Place for Ahhhhhhhhhhhhhhhh. Pelos vistos não. De qualquer maneira e indo ao assunto fulcral...
Fui a um Spa. Por 4 dias e 3 noites fui senhora de um quarto com vista para o campo. Passeei por corredores de roupão de banho e chinelos a condizer. Li o meu livro enquanto beberricava chá (infusão, vá) no "lounge room" numa confortável poltrona de toque de veludo. Pratiquei Yoga e Chi-Kung, apreciei os arredores do topo de uma bicicleta, encurrilhei a ponta dos dedos na piscina de hidromassagem... Princesa de um castelo partilhado com outra realeza, pessoas vulgares num lugar especial.
Para mim, que passo a vida a cuidar de outros, ter alguém que cuidasse de mim foi no mínimo, bom. Os pequenos pormenores como a garrafa de água no quarto, a marquesa de massagens aquecida, saberem o meu nome quando ia jantar... e a paisagem... "breathtaking" para todos aqueles que apreciam um bom cenário bucolicamente verde, pacato, pacífico, silencioso e perfumado por estrume animal. :)
http://www.templespa.ie/ é o caminho para uma escapadinha perfeita seja a sós ou com companhia. Ficam algumas imagens.

Wednesday, March 25, 2009

Cabanas - doismileoito

Obrigada por me trazerem de volta a casa em cada acorde...

Tuesday, March 24, 2009

Sometimes I wonder...

What if God was one of us?

Wednesday, March 4, 2009

May I touch you?




Pois é, ainda não tinha feito um post sobre isto é ja estava a tarde. É verdade, apesar de estar rodeada de bebés o tempo inteiro no meu trabalho tal não me era suficiente... Não, eu queria mais, muito mais do que isso. Queria que os bebés fizessem parte do meu dia a dia e da minha noite... Respirar, dormir, acordar, sonhar, "tudo o que se possa imaginar" bebés. Para aqueles que possam pensar que estou grávida temo informar-vos que não é para já. Tenho uma criança dentro de mim mas não nesse sentido objectivo da coisa.


Massagem Infantil. Massagem para bebés. É esse o meu hobbie mais recente, ser instrutora de massagem. Assim, desde há 2 semanas para cá, às quartas feiras de tarde pego no meu saco da Pucca e enfio lá dentro o Rodrigo (em memória do grande Rodrigo Santoro) e a Katy (after Katy Perry, era a música a dar na rádio na altura), os bonecos coloridos, as garrafinhas de óleo e a minha papelada e lá vou eu... Estendo a manta turquesa no chão, os tapetes roxos de Yoga que há no centro e espero ansiosamente pelo momento em que vejo bebés e pais a entrar na sala.


É um momento feliz para todos (penso eu de que).


Eu adoro aquela espécie de bolha que envolve cada unidade pai/bebé; um mundo de risos, palavras modificadas para facilitar a comunicação, caretas, rimas, canções e... um qualquer coisa que não dá para explicar mas que me deixa completamente embevecida.


Num mundo em que o egoismo e o capitalismo parecem dominar, ver alguém atento à comunicação dos mais pequenitos "Queres uma massagem? Posso tocar-te?", e aceitando a resposta, é uma grande lição de amor, respeito e altruísmo.


Porque é que o faço? Porque acredito que o mimo que vem do amor não estraga ninguém, muito pelo contrário, torna-nos mais independentes e seguros, já que sabemos que haverá sempre alguém, um porto seguro, a que podemos recorrer, não importa quando ou onde. A confiança em nós e no mundo é algo que começa no berço, quando choramos e alguém pega em nós ao colo e nos faz adormecer ou quando passamos de colo em colo pelas diferentes pessoas da nossa família, que fazem questão de nos encher a cara de beijos (e baba) e de fazerem palhaçadas só para nos ver sorrir.


Por isso, e mesmo que os meus pais não tenham frequentado aulas de massagem infantil, toda a minha família e amigos me encheram e enchem de amor todos os dias... E mesmo estando longe, sei que eles estarão sempre por perto. E se me perguntarem com os olhares e os braços abertos: "May I touch you?" a resposta será apenas uma: Yes, please!

Sunday, March 1, 2009

Mudança


A palavra nem é um palavrão muito grande para pessoas de elevado estatuto de eloquência ou que se tentam pavonear pelo número de palavras caras e complicadas que utilizam em cada frase (tanto que depois ninguém as percebe, nem elas mesmas). É algo entre o mugido de uma vaca, "Mu", e uns passitos de cha-cha-cha, valsa, tango ou hip-hop "dança". Eu sei... é uma comparação estúpida e sem grande nexo mas esse simples facto talvez vos tenha feito sorrir.


Mas não me atirei às teclas do portátil para discorrer as minhas teorias estapafúrdias acerca da formação das palavras... Quero mesmo falar de mudanças, daquelas que ocorrem todos os dias à nossa volta e em nós mesmos, daquelas que transformam os mundos, os horizontes, os sonhos e as perspectivas, daquelas que imprimem um compasso diferente ao nosso ritmo.


Às vezes, quando olho para trás, para aquele que eu gostava que tivesse sido o meu futuro, dá-me vontade de rir. Aos 16 o meu sonho era entrar em Medicina aos 18 anos, casar-me aos 23 (virgem) e ter o meu primeiro filho por volta dos 24. Hoje, enfermeira de 24 anos a viver na Irlanda, solteira sem filhos (o Rodrigo é um boneco e por isso não conta) e sem perspectivas de uma alteração significativa em nenhuma dessas partes (à excepção da idade), sinto-me feliz por tudo não ter acontecido "according to plan".

Um dos meus mais recentes amigos, a quem chamarei de Paddy Power (ele sabe quem é), está a passar por um período desses, em que tudo parece virar do avesso. Eu diria que o Mr Power bateu com a cabeça no fundo de qualquer coisa e se apercebeu, felizmente, que a vida dele não estava a seguir um rumo no caminho da prosperidade. Como muita gente Paddy Power chegou à brilhante conclusão que se tinha acomodado numa vida que não desejava muito... Depois de "Os Humanos" lhe terem sussurrado ao ouvido "Muda de vida se tu não vives satisfeito", o Paddy lá se tocou mas pronto, como é mais um sonhador que um tipo com iniciativa, precisou de uma mudança ao estilo sismo de intensidade 8 na escala de Richter para começar a mexer os presuntos.

E pronto, não sei até que ponto o meu amigo Paddy irá mudar (já que acho que ele precisa não só de um makeover no quotidiano mas sobretudo algo interior, o sair de zonas de conforto e tal) mas só espero que ele possa ser mais feliz na sua vida renovada, atingir o equilíbrio interior, cultivar o amor e aprender a partilhar tudo ao estilo bolachas Artiach: Quem parte e reparte, fica sempre com a melhor parte.

Eu, à custa do Paddy, decidi relaxar um bocadito e aproveitar um tempinho livre "to pamper myself" (como diria a malta cá do sítio) e mimar-me com uma escapadinha de 3 dias para um spa no meio do campo. Ah pois é... Se eu não gostar de mim, quem gostará? :) Um brinde às mudanças positivas!

Saturday, February 21, 2009

Howth . ie

Era uma vez uma península piscatória na costa Irlandesa. Todos nós, Portuguesinhos de gema e clara, leriamos "Audff" (ou coisa parecida), quando a forma correcta será "Oudfff" (basicamente a diferença está entre o "au" e o "ou"). Anyway...
Se querem uma manhã ou tarde de Domingo diferente ou apenas peixe fresco com ar de isso mesmo (fresco), apanhem o DART que vai para norte e para mesmo à porta do pontão (não há que enganar, é a última estação). Se o autocarro for a vossa escolha, o 31 parte do centro da cidade e pára lá. Depois há aqueles que têm carro: consultem o google maps.. :P E não se esqueçam da boa da bicicleta, que faz bem à saúde, ajuda o ambiente e dá para apanhar ar na trombeta.
http://www.howthismagic.com/ é o site que vos dá alguma informação sobre o spot.

Enjoy it!!! :)

Wednesday, February 11, 2009

Pensamentos pós-voo

Acho que as diferenças de pressão dos aviões me tornam ainda mais demente do que aquilo que já sou. Apensar que era expert nestas coisas de aviação mas... nah, ainda sou uma rookie. Patriota e nacionalista como sou, ainda encho a mala de miminhos regionais. Ora, grão-a-grão fica a mala pesada e depois há que pagar pelos excessos cometidos. Nem mais.

Às vezes acho que tudo me acontece e que a sorte é macaca e nunca quer nada comigo... dias maus, vá. Perco aneis com vínculo sentimental e história familiar, sinto o coração apertado a cada "adeus" no aeroporto (apesar de haver dias em que só me apetece ver os meus pais pelas costas), ouço coisas que não são para mim e acabo por fazer a maratona num terminal de aeroporto entre a porta H3 a K77 e voltando para a H3 (que sempre foi a correcta)...

Bah, 1 ano de Irlanda e os duendes ainda não querem nada comigo. Tenho um aqui, na secretária, sob a forma daquelas bolas com pózinhos brilhantes e um líquido qu a faz nadar e parece tornar o mundo mais giro por... 3 segundos. Pois bem, o "Paddy" aí está, agarrado a uma ferradura, com dois tostões aos pés (agora chamam-lhe euros) sorrindo placidamente como se o mundo fosse uma delícia de um fondue de chocolate... Só me apetece bater-lhe e chamá-lo à realidade e perguntar onde tem estado nos últimos tempos (quando perdi o pretty expensive bilhete de autocarro e a minha chefe não deu o horário que eu pedi).

Enfim, no fundo não me devia estar para aqui a queixar, sei que a minha vida é bastante melhor do que a de muito boa gente. Mas raios! Se eu não me queixar e resmungar, como posso lutar por uma vida melhor?

Povo insatisfeito que se ponha a jeito do futuro tirará proveito. (Ditado popular forjado à pressão)

Paddy, começa a trabalhar!