Wednesday, April 21, 2010

Depois de uma manhã mal dormida, já que o sistema interno do organismo não coopera no reajustamento do ritmo circadiano e teima em mater-me acordada ou a dormitar aos soluços, sentei-me no sofá partido do meu T1 com vista para o jardim e uma nesga das Wicklow Mountains e viajei... Tive de ir de barco, é certo, e "Sail Away" já que os aeroportos ainda andam a meio gás. Mas valeu a pena a viagem... E esta foi a banda sonora escolhida.

Sunday, April 18, 2010

A Ilha

Era uma vez um vulcão... Já ninguém lhe ouvia o rosnar, quanto mais o rugir, há algum tempo até que um belo dia decidiu entrar em erupção. E foi o caos. Em vez de boatos, mentiras e coscuvilhice ou mesmo lava incandescente, foi poeira... muita poeira. Como diria a Ivete "Poeira, poeira, poeira, levantou poeira".
Resultado: a poeira levantou, o vento tudo levou e a ilha, apesar de não ter ficado deserta, ficou fechada ao tráfego aéreo. Ou seja, por ar, nada entra ou sai da Irlanda, só mesmo de barquinho, jangada ou a nado.
Agora é que, efectivamente, somos uma ilha: rodeados de água por todos os lados, e por poeira do lado que poderia faltar.

Tuesday, April 13, 2010

Kiss me baby!

E quando sentirem que o mundo vai desabar, arranjem alguém com quem trocar umas beijocas bem dadas. Pelos vistos ajuda...

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1543005

Monday, April 12, 2010

They will never get it

Enquanto começo a carregar nas teclas do portátil sinto tudo o que quero dizer mas, por alguma razão para além do meu controlo, acho difícil colocá-lo em palavras.
Como se pode expressar "o amor" em palavras? Perde-se a conta aos que já o tentaram fazer através de poemas, e dissertações e mais o diabo a quatro para, no fim, ficar sempre a sensação de espaço vazio, de algo por dizer.
A maior parte de vocês (que não sou muitos mas gosto de acreditar que são bons) sabem que adoro o meu trabalho. Talvez porque trabalhar com bebés, famílias e fragilidades seja algo quase inato, uma sensibilidade que gosto de acreditar que tenho. Ou então talvez goste apenas da sensação de poder e de me sentir como uma entidade protectora capaz de salvar, ressuscitar e dar vida (tipo Deus, os anjos e os arcanjos e os santinhos milagreiros).
Talvez o amor esteja na culpa que uma mãe sente quando não tem leite suficiente para os seus trigémeos e tem de escolher o que está mais doente como receptor de tal poção mágica em detrimento dos outros dois (e não gozem porque o leite da mãe é e será sempre o melhor entre os melhores). E, por isso, não descansa, e divide-se entre os dois hospitais por onde estão repartidos os filhotes. E a cada 3h, dia ou noite, senta-se pacientemente a esvaziar o leite da mama para uma garrafinha com ajuda de uma bomba electrica.
Talvez o amor esteja naqueles que nunca desistem; que acreditam que o seu rebento que nasceu às 25 semanas com menos de 1kg e demorou mais de 2 meses a respirar sem ventilador se vai ver livre das maquinetas brevemente, adquirindo uma cara menos deformada, semelhante à Doris do filme "À Procura de Nemo".
Talvez o amor esteja nas pequenas grandes etapas do crescimento, aquelas que fazem os pais dos "meus" pequenotes sorrir: ele hoje conseguiu respirar 3 horas sem oxigénio; bebeu 30ml do biberão; hoje à noite vamos tirá-la da incubadora e colocá-la no berço com body, babygrow e gorro na cabeça.
Talvez este tipo de amor não vos diga nada.
Talvez até achem que eu não sou capaz de me acalmar e falar tranquila e serenamente com pais.
Talvez acreditem piamente que o amor é aquela adrenalina maluca que acontece quando "botamos as vistinhas" numa garina/gajo jeitoso, ou quando trocamos uns ósculos ou quando o coração palpita como uma batata frita.
Eu acho que o amor, como alguém me disse há uns dias atrás, não se explica ou contabiliza e não é muito racional - é porque é! Sabemos apenas que nos preocupamos, que gostamos daquela pessoa, que davamos a medula, o rim, o pulmão, o intestino e toda a nossa vida por ela. Sabemos apenas que a dor dela é a nossa dor; que já estamos em sofrimento por ela mesmo quando ela ainda não sofre; que a alegria das conquistas dela é também nossa.
É algo de tão profundo e tão intenso que não dá para explicar...
E talvez nenhum de vocês venha alguma vez a perceber este texto. E muito provavelmente ninguém percebe o amor mas já o sentiu uma ou outra vez.

Saturday, April 10, 2010

Fiat na virgem e não corras

Eu até me fio nos Fiat... Mas fio-me mais no Mikinhos. Thank God he exists to save me from bad taxi drivers. E no fim, qual é a paga? Duas beijocas naquelas bochechinhazinhas fofinhas e uma trinca sem deixar marca. Ah, claro, e o belo do Nespresso. Nothing moves like a Saxo! You got the Mojo!!!

P.S. - Mikinhos, amor não consumado da minha vida, iremos consumir-nos até à última gota. Partilha tudo, até os gases. Já não sei que mais te diga, pronto. Esta é para tu. FIM.

Thursday, April 8, 2010

Resgates...

E tal como ficou ameaçado em post anterior, aqui vão pedaços de 2005.

Fado Negro que te escrevo de cabeça
Talvez ele te impeça de ir para outro lugar
A saudade encerrada no meu peito
Já de si tão desfeito
Neste lento suspirar.

Fado Negro sob este céu abafado
Onde escrevo e guardo as histórias que vivi.
Ah Deus, a tormenta deste amor,maldição
Cravado no coração
Que definha sem saber

Meu amor,
Roubas-me a calma
Que eu já não tinha na minha alma.
Esta vida, já é tão tua.
A dor que arde cá dentro,
É sentimento de ti brotado.
O teu nome, sempre é Fado.

Fado Negro no teu corpo aprisionado.
Qual foi o pecado para este destino cruel?
E querer nos meus braços te estreitar
E todos os cansaços largar
Nesse beijo prometido.

Fado Negro nos meus lábios está pendente.
Seriam para ti um presente estes versos que canto?
E neste recanto,
Onde caio e me torno louca,
A garganta fica grave e rouca
De tanto gritar que te amo.

Meu amor,
Roubas-me a calma
Que eu já não tinha na minha alma.
Esta vida, já é tão tua.
A dor que arde cá dentro,
É sentimento de ti brotado.
O teu nome, sempre é Fado.

Remeniscências...

Today was a good day... Apesar de ter ficado perturbada pela ausência de um certo artefacto dos cavalos na praça D Pedro V (em plena baixa Portuense), havia qualquer coisa de perfeição nostálgica no ar. Ali, sentada na escadaria, óculos de sol e unhas de vermelho vivo, o aroma da cigarrilha de baunilha ainda no ar, o sol a aquecer o meu universo e a música a apoderar-se dos meus pensamentos. Ah, la dolce vita.
"Onde estás?", ouvi do outro lado do telemóvel. "Onde combinamos, jovem!", respondi no meu meio sorriso de embrieguez primaveril.
Today was a good day.
Voltar atrás, ao passado, olhar para ele de um presente menos torbulento e negro, sentir que a toda a mágoa ficou lá atrás. Restam as doces rescordações, memórias acarinhadas em toque de veludo, suave, como se de uma música de jazz se tratasse. Ah... voltar atrás e não sentir aquela pressão doentia no peito, antes um leve e terno sorriso.
E como olhar para trás já não mete medo, um dia, sim, um dia prometo que vou ao baú e resgato as relíquias não consumidas pelo fogo da raiva ou da dor.
Obrigada!

P.S. - Ainda estou à espera dessas teorias. I scream, for Ice Cream! (raspberry please) :P

Tuesday, April 6, 2010

Comer em Casa

Quando hoje de manhã fui dar os bons dias à D. Sofia e tomar a minha medicação energética matinal (direcção: sair de casa, atravessar a rua e Voilá, CAFÉ!), deparei-me com um folheto acerca de uma coisa brilhante que aconteceu na vida das pessoas aqui da zona. www.comeremcasa.com Sim, eu sei, à partida não é mais que um site de comida e tal e coisa... Mas é muito muito mais. Agora as Francesinhas do Sr Freitas estão ao alcance de todos. Ah, pois é meus caros.
Ide "Comer em Casa", procurem em Maia de depois... "Snack-bar O Freitas". No Sôr Freitas só há dois tempos para as coisas "Meia Hora" ou "Tá a Sair". Claro que vir até Catassol para um Francesinha no ambiente desta casa de pasto (LOL) é sempre mais intenso. Mas se comerem em casa e levarem na embalagem não vão mal servidos. E se disserem que me conhecem melhor ainda (apesar de ter a ligeira ideia que o Sr Freitas e a D. Sofia não fariam a mínima ideia de quem é a Sardanisca).
Vale a pena, vale muito muito a apena. Experimentem e depois dêem o feedback.

Não têm de quê. :)

Home is...

Há quem diga que o lar é onde está o coração. E se o coração estiver dividido e não souber onde está? Será que isso nos torna sem tecto ou uma espécie de sem abrigo por ausência de lugar de pertença? Bah... Aqui há menos de uma semana e sinto falta do Roger, e do Mikinhos, e da Tininha, da Miss F e da Miss B e de tudo o resto que fui acumulando ao longo de 2 anos em Dublin.
Quero o meu T1 de volta, o meu silêncio, a minha roseira, Grafton Street, Temple Bar, St Stephens Green e Howth. Levava algumas coisas comigo, certo, e a felicidade seria mais que completa...
Ai, ai, bem diz a buelita que ninguém está bem com a vida que tem. So true.
Home is where your heart is... But where the hell is mine?

Sunday, April 4, 2010

Mi Mojo

E eu então perguntei ao motor de busca "What's the Mojo?" e o answers.com disse.



n., pl., -jos, or -joes.
1. A magic charm or spell.
2. An amulet, often a small flannel bag containing one or more magic items, worn by adherents of hoodoo or voodoo.
3. Personal magnetism; charm.



If your mojo is working, you lead a charmed life. That's because mojo, in its original sense, is a charm, kept in a cloth bag. [...] If your mojo is working, you have sex appeal. But if someone else touches or even sees your mojo, it can lose its power. [...] Nowadays the word is widely used, often with no reference to a magical cloth bag but simply meaning power, influence, or advantage.


And the slang...

1. magic or spells. (Assumed to originate with African slaves. Very old.) The old lady was said to possess powerful "mojo" which the others feared her for.

2. power; charisma. She seemed to radiate a penetrating mojo that made her easy to deal with.

3. sex appeal; sex drive. Man, does he have mojo to spare!

4. heroin; morphine; cannabis. (Drugs.) Why don't you try to kick the mojo?

5. a narcotics addict. (Drugs.) These mojos will rob you blind if you don't keep an eye on them.



E agora pergunto eu... Do you think I have it?

Onde é que se desliga?

Antes de iniciar o acto verborreico e eloquente de hoje gostaria de partilhar um não segredo do mundo online do qual tomei conhecimento há umas semanas atrás numa certa despedida de solteiro. musicovery.com Apenas isto... Muita música, para todos os gostos, possibilidade de a seleccionar conforme gostos e moods. Agora o post propriamente escrito...
(o James Brown está agora a encher o ar com a sua voz caramelo e a dizer-me que "Ai e tal, I feel good, I feel nice 'cause I got you". Pergunto-me, meu caro JB se terias energia para keep up with the beat. Anyway...)
Segundo o Grande Dicionário Enciclopédico, volume XII (aquele entre patamal e queimador), PICA é um substantivo feminino que fica arrumadinho entre "Pibó" (ferro aguçado que serve de eixo ao rodízio do moinho) e "Pica-Amoras" (nome dado ao passaroco Amoreira). Ora, feita a localização geográfica da coisa passemos ao momento Eça de Queirós e suas descrições detalhadas. Não quero que falte nada na vossa mentalização da "Pica". Acto de sachar milho, lança, partes delgadas num navio, escalo, camarão-bruxo, pénis (oh diabo!), perversão do apetite - desejo de comer matérias impróprias para a nutirção...

Tudo isto é muito bonito e tal, mas o que eu queria mesmo mesmo era falar da PICA, não o final do cigarrinho (ou enrolado de maconha) ou a Sra que trabalha nos serviços de transporte publicos a fazer furinhos nos bilhetes e muito menos da administração de injectáveis realizadas por enfermeiras jeitosas de bata branca, salto alto e decote denunciador de mamarufas proeminentes... simplesmente a energia, o entusiasmo, vitalidade condensada numa pessoa Big Bang.

Havia quem me dissesse "Tu, Pica?! Hahaha, tenho de ver isso!". E depois viu, e não fez mais nada a não ser perguntar se por acaso vinha com botão OFF incorporado. E Encostou-se pacientemente à espera que a sua Pica voltasse depois de umas férias por tempo indeterminado ao centro da Terra para um spa energético. Mas pelos vistos houve erro no fabrico desta máquina de modelo único e o engenheiro que a concebeu esqueceu-se desse botão (assim como do regulador de temperatura e dos diferentes modos de velocidade).



Do you ever wonder what would happen if atoms colided in front of you? Me.



P.S. - Obrigada à Miss Kapa por também ter fluxo energético e o diabo no corpo. Shake your body right!

Saturday, April 3, 2010

If it kills me

If only I could find words to describe this...

http://www.youtube.com/watch?v=n0xT9SwT2PQ

ai, ai...

Friday, April 2, 2010

To my one and only LUV

Su... Esta também é para ti... A ultima musica que ouvimos e não sabiamos o que era. Let's shed all the worries away girl. Akuna matata

http://www.youtube.com/watch?v=cQyGYdRqulQ&feature=related

'Cause your my bi-yatxe

Para a Su, porque não há nada que substitua os nosso minutinhos (não ler minetinhos, ok?)... Aquilo é que era o carro Louco, tudo abanava. hihihihi I know you want me, you know I want'cha!

http://www.youtube.com/watch?v=E2tMV96xULk

Santa chuva!

Pois é, sai uma gaja da Irlanda à espera de um pouco de sol e calor e tal e é isto... CHUVA. Hoje é sexta feira santa por isso a água é capaz de ser benta o que significa que se me molhar não me constipo e fico abençoada para o resto do ano. Assim posso esperar que as coisas corram pelo melhor, já que houve intervenção divina na coisa.
Pensamentos esotéricos ou coisa do género à parte. Com água molhada a cair do céu ou não (de preferência não), não vou ficar em casa à espera de melhores dias. Toca a ir para o mundo, porta fora, abanar o esqueleto e espantar fantasmas e maus olhados. Xô, andor violeta!


http://www.youtube.com/watch?v=6xbpAZMoa1g&feature=related