Tuesday, December 28, 2010

Adeus ano velho...

Eu até gosto de idosos... a minha Lindinha tem 88 anos (89 em 2011) e ainda anda direitinha que nem um fuso, cozinha pastelões de bacalhau aqui para a netinha e manda piadas sorrateiras mas profundas. No entanto, e no que toca a anos de calendário, quero sempre ver o velhinho atrás das costas e abrir os braços para receber a "novidade" que aí vem.
Na verdade, o ano que está quase quase a acabar não foi mau... mas podia ter sido melhor vá. Levam-se as lições, pequenas ou grandes, para o ano que aí vem (espero tê-las enquadrado na minha moina de vez; não há nada pior que erros repetidos e maus dejá vu). Reescrevem-se esperanças e resoluções (que se esperam cumprir), alimentam-se sonhos e emoções.
No fundo é a máxima do: Aprende com o passado, acarinha o futuro mas vive o presente.
Eu devia escrever algo acerca das lições de 2010 e as esperanças para 2011 mas hoje é dia de fazer malas, de recomeçar o processo de separação familiar e mentalizar-me que tenho de zarpar para a beira dos duendes e do seu pseudo pote de ouro no final do arco-íris (patrocinado pelo FMI).
Este ano pedi ao Menino Jesus que trouxesse mais Sol para a Irlanda... Por este andar vou ter de comprar uma lâmpada simuladora de luz solar para não pirar de vez. Se calhar é o melhor mesmo, parece-me que o Paraíso não foge à crise mundial e intergalática.
Anyway. O meu discurso já deixou de fazer grande sentido há alguns parágrafos atrás, deve ser do frio.
Até 2011.

Saturday, December 25, 2010

Agora não consigo parar...


O meu pai era camionista... eu sou emigrante. Tenho desculpa para publicar estas coisas. :)

Ah, outro clássico


Ok... isto não é natalício. Mas, meus caros compatriotas das fabulosas colheitas de 80, digam lá que isto não vos traz boas memórias. ah... gira discos, cassetes e walkmans. O mundo nunca mais será o mesmo.

Clássicos do Natal Português



Há coisas que marcam os Natais a nossa infância e que acabam por se repercutir pela vida fora de maneira inesperada e, quiçá, estranha... O circo de Monte Carlo nas manhãs de Natal RTP1/ Canal1 (sempre gostei muito dos trapezistas e dos ginastas que dão aqueles saltos e cambalhotas todas), os filmes O Feiticeiro de Oz (ele apenas queria um coração que não fosse de lata), Música no Coração (já ninguém transforma cortinados em roupa com aquela classe) e Mary Poppins (como eu gostava de ter um guarda chuva assim.... supercalifragilisticexpialidocious), o Toppo Gigio (aquele rato italiano de cabelo duvidoso que aparece no Sequim D'Oro) e, é claro, o clássico dos clássicos, o suprassumo da quadra natalícia Portuguesa - o Coro de Santo Amaro de Oeiras (questiono-me onde andaram essas vozes da minha meninice). Ora, como não poderia deixar de ser, porque hoje é Natal, porque eu sou uma saudosista que gosta de tesourinhos e poque a internet permite destas coisas, aqui vai uma verdadeira pérola dos, ainda, anos 80. Enjoy it! :)

P.S - É favor não esquecer o Natal dos Hospitais, como é óbvio, essa preciosidade da quadra natalícia que expõe a todo o país a qualidade dos nossos artistas. Marco Paulo, continuas a ser o meu herói preferido.

Tuesday, December 21, 2010

... home

Continuando a história.
Aeroporto de Dublin. Mandar a mala para o porão, passar segurança, andar a ver lojas e beber um "soja latte" na Butlers. Esperar junto ao gate 313 pelo verdinho da Aer Lingus, ver a neve a cair e pensar "Rais te parta se num me deixas ir para casa. Lanço-te semelhante praga que nunca mais tens arco-íris ou potes de ouro ou duendes rechonchudos.". Entrar no avião, "esmagrecer" a mala para entrar no compartimentos (sim, porque havia quem tivesse mais de duas malas e depois as pessoas cumpridoras que se lixassem). 3 horas, 1 spray de anticongelante sobre a aeronave e umas quantas páginas de um livro depois, Lisboa. Como boa portuense e portista que sou, tenho uma espécie de ressentimento pela capital. Acho que já está no sangue. Mas, lá está, por breves momentos, e porque é Natal, até de lá chegar eu gostei....
Malas, pais, e um abraço com 3 meses de saudades. Carro, conversas acerca de finanças, leitão na Mealhada e... HOME.
Há um certo conforto em olhar ao redor e apercebermo-nos de que tudo está na mesma e tem o cheiro de que nos recordamos desde a última vez. A Rotunda e o seu Lavrador, o café do Sr Freitas e da D. Sofia (consigo ver o Armando lá dentro também). A casa branca de barra cinzenta, o tanque, a lavandaria, o cedro, as plantinhas da avó. O meu quarto exactamente igual, com a bailarina transparente que trouxe da Suécia, e a lagartixa espanhola, e a foto das Piscas, as borboletas na janela, a bailarina Irlandesa no espelho do armário, o candeeiro vintage na mesinha de cabeceira...
Quando crescemos, e quando todo o que nos era familiar está, muita das vezes, longe, o Natal passa, realmente, a ter significado como festa da família, celebração do nascimento, de um momento supostamente de alegria para muitos... E o tipo de vermelho que se devia juntar à Weight Watchers para caber mais gentilmente na chaminé e tornar o seu trenó mais rápido, transforma-se apenas numa figura acessória.
Pois é... Que o espírito natalício seja mais contagiante que a gripe A (H1N1), que o Scrooge ou o Grinch não descubram a vacina e que os aeroportos europeus reabram para a Miss M.C. ter na Irlanda o mesmo que eu tenho aqui.
Açúcar, canela, limão... Que o vosso Natal seja um festão (esta rima foi muito má...).

Monday, December 20, 2010

There is no place like...

A minha querida Doroteia, da história O Feiticeiro de Oz, batia com os seus sapatinhos vermelhos um no outro para regressar a casa. No meu caso, a viagem implica 1 táxi, 1 avião e 1 Fiat Punto preto de 1997.
Apesar de uma muito tentadora proposta para ir laurear a pevide e fazer um pub crawl (The Twelve Pubs of Christmas) na geladinha Dublin, decidi ir para casa pesar bacalhau (leia-se dormir) no sábado à noite. Após uma semana que inclui um exame de gestão e liderança com a duração de 3 horas e 3 dias seguidos a trabalhar das 7:30 às 20:10, achei que merecia um soninho. Mas claro, nem pensar em não participar na borga (ou craic) de mais um jantar da "Malta". Sete cavaleiros numa mesa redonda, rebentamos crackers (se não sabem o que é googlelizem... mas digamos que são uns rebuçados gigantes que quando se abrem cheiram a pólvora e trazem brindes lá dentro), comemos assado "à la Miss Afonso", bebemos uns copitos de tinto e... bem, palhaçamos e desconversamos ainda mais. Um verdadeiro susto para mentes e corações fracos, velhos e com pouco sentido de humor retorcido. Eles foram para os pubs, eu fui para a caminha.
8 da matina, toca o alarme (o toque é irritante, tenho de mudar aquilo). Cafeteira ao lume e aroma a Nicola no ar (oh my sweet, sweet morning coffee). Hoje é O DIA! Convém dar um jeitinho à casa para não ganhar bicharada na próxima semana. Dobra-se e arruma-se a roupa. Lava-se a louça, aspira-se a casa, passa-se o chão da cozinha a pano (com cheirinho a lixívia que é para parecer tudo imaculadamente limpo), muda-se a roupa da cama e empilha-se a floresta de papéis pós exame em diferentes cadeiras. Mala. Ainda tenho de arrumar a mala... Ao fim de 3 anos a práctica de arrumação de roupa e outros elementos (des)necessários torna-se mais rápida (acabei por me esquecer do carregador do leitor de Mp3).
Apanhar táxi. Ah e tal de onde a menina é, para onde vai, que vai fazer, portuguesa? não tem sotaque, enfermeira?, pois eu tive uma hemorragia cerebral e joguei rugby e parti ossos, olhe e qual é o terminal?, a aer lingus ainda está no antigo mas se não for está a ver a passagem ali à esquerda com pessoas... Feliz Natal para si também e obrigada. Os taxistas irlandeses, principalmente os de Dublin, são uma espécie rara e peculiar, extremamente tagarela e que adoram resmungar acerca de muita coisa. Com a conversa certa é deixá-los falar.
(e eu acabo a minha história pitoresca noutra altura senão o post fica muito comprido e depois ninguém o lê...)

Wednesday, December 15, 2010

A Merry Happy Christmas

Eu podia desculpar-me pela minha prolongada ausência mas, para vos ser muito sincera, não ando com grande energia para isso. Os últimos dois meses foram uma maratona de estudos entre trabalhos de pesquisa e exames de liderança e gestão. Quero apresentar as minhas mais sentidas condolências a todas as famílias de árvore que assassinei em prol daquilo que vou designando por aprendizagem e conhecimento.
Além disso nevou, e muito. E está frio e o meu olho direito andou lesionado e a família está longe e os amigos deixam o isolamento de uma ilha para irem para outra ao lado em busca de maior exposição solar. Bah, devem ser os winter blues porque só me apetece resmungar. Dei comigo a pensar se não estaria a desenvolver espírito Scrooge ou Grinch... mas acho que é mais saudades de uma vida mais normal do que outra coisa qualquer.
Quando somos jovens, e vivemos com os pais, não fazemos ideias das responsabilidades. Depois emigramos, temos de tratar de renda, pagamento de luz, telemóvel e internet, mercearias, confecção de refeições, limpar a casa, lavar roupa, secá-la, dobrá-la e arrumá-la... etc etc etc. A isto se acrescenta um trabalho com elevados níveis de stress, cheio de mulheres coscuvilheiras que parecem galinhas a cacarejar e o papel de estudante e... Enfim, o sistema delicado entra em ruptura.
Mas hoje, para mim é quase Natal. Porque o Domingo está quase aí. E é dia de ir para casa e ter miminho e não ter de pensar em ir trabalhar ou em pagar contas ou em cuidar de mim e dos outros porque, felizmente, tenho alguém que até gosta de fazer isso. Este ano a minha prenda de Natal será poder estar com as pessoas com quem não estou o ano todo. O que estiver debaixo da árvore embrulhado em papel nunca se poderá equiparar.

Sunday, August 8, 2010

Pah, que fazer, hoje estou numa de escrever umas cenas... O dia esteve bonito (dentro do normal), com sol e uma temperatura agradável. Se não fossem a merda dos mosquitos com asas que decidiram passar férias por cá devido ao tempo quente e húmido até teria sido um dia perfeito. O jardim parece um bordel de tantas pegas que por lá páram. O coelho continua a ser perseguido por crianças que lhe querem afalfar o pêlo (aliás, há uns dias atrás foi perseguido por crianças que lhe atiravam cenouras...) e o Rock, segundo informações de fonte segura, vai finalmente trocar a sua chocolateira azul por uma mais moderna e confortável. A ele apenas isto "ROck On!".
Amanhã começa mais uma fantástica semana de trabalho nocturno, a última até mais ou menos daqui um ano, o que se torna quiçá a maior vantagem de fazer a pós-graduação em Neonatologia: interregno de um tipo de tortura despoletadora de profundos distúrbios no padrão de sono e na personalidade. Contudo, estou certa que outro tipo de tortura aparecerá em substituição da anterior, mas adiante... Ainda a semana de noites não começou e eu já estou mortinha para que acabe. Preciso de sol e de um calor verdadeiro, não este abafo que chama mosquitos e provoca sérios dilemas ao longo do dia numa tentativa de decidir qual a roupa apropriada à estação. Preciso de sol que torre a pele e leve ao aparecimento de melanina à superfície e do cheiro a mar, protector solar e artigos de borracha que flutuam no ar. Eu gosto muito de viver nesta ilha, que não é deserta e a parte do pacote paradisíaco não inclui exposição solar prolongada, mas pah... um bocadinho mais de sol até que era agradável.
A Mrs RP está a ler o Código d'Avintes, depois de ter assassinado um batalhão de insectos de asas encarreirados no corrimão da varanda. O descanso da guerreira, suponho.
E as aulas de massagem infantil acabaram... E por muito que eu quisesse continuá-las, parece que ninguém quer aprender o que me deixa na delicada situação de impasse, ou seja, muito provavelmente não vou dar mais aulas de grupo e agora só aulas privadas.
Bem, acho que vou voltar para a minha série de mentiras com um britânico a fazer de cientista maluco.. Curto a cena a pacotes. Não se aprende nada mas, também, não é esse o objectivo.

Jack Johnson - Mediocre Bad Guys

A todos os que foram os meus casos perdidos, pedaços de benevolência e caridade da minha alma pura e inocente... Apenas uma coisinha "I am doing much better without you. glad your not around any more. F***k off!"

Friday, August 6, 2010

Embrace the Peartrees

Férias... That final frontier that everyone dreams about all year long. E eu tenho as minhas espalhadas pelos 365 dias, 52 semanas do ano. Normalmente associamos a palavra a sol, praia e cheiro a protector solar. Estas últimas duas semanas de descanso foram, contudo, diferentes. Após 2 anos e meio o Mr C Peartree decidiu finalmente brindar-me com uma vinda ao meu reduto de emigrante. Ah... E que belos 10 dias. Convenci-o a adquirir um belo par de MBTs, sapatos com sola tipo lomba que são bons para a saúde dos membros inferiores, para a postura e para tudo em geral (se acreditarmos nas pesquisas feitas acerca do assunto). Palmilhamos as ruas de Dublin, comemos muito bife e outras iguarias que tais (Jaysus, o meu estômago não aguentava mais) e pela primeira vez conduzi um carro de volante à direita do lado esquerdo da estrada. Dado que a viatura não era propriamente material de corrida (um micrazito, vá) fiquei-me com uma valente dor de costas graças ao elevado (des)conforto do automóvel e aos cerca de 600km de estrada percorridos no percurso Dublin-Limerick-Dingle-Limerick-Dublin.
Se valeu a pena? Sem a menor sombra de dúvida.
Aqui ficam algumas das fotos desses dias. Ireland, destination emigration.

*** Thank you very much to the Hayes family for all their hospitality, love, care and simplicity. We really felt at home.
**** And one cannot forget Avril, Damien and James. We wouldn´t have been the same without you guys.
***** Obrigada à D. Sofia e ao Sr Freitas pelas belas das francesinhas, mas sabem que mais? Sabem muito mas muito melhor sentada ao balcão do café Snack-Bar "O Freitas" (para quem não sabe é na Maia, Rua Augusto Simões, perro da Rotunda do Lavrador) na companhia da família e dos proprietários do espaço, a decidir entre um tango e um fino. Não há nada como uma "meia-hora" bem passada... Até daqui a uns dias.

Tuesday, July 6, 2010

It's about time...

À custa do stereomood, descobri esta maravilha do universo musical: Ben Sollee. Apesar de, ao contrário do herói descrito na letra desta cantilena, ainda não ter um cachopo agarrado à barra da saia que raramente uso, partilho o sentimento e o desejo de calma, tranquilidade, harmonia e um dia-a-dia com mais calor humano, empatia e bondade. Sounds like a lot of work, doesn't it?
Hás uns dias atrás, em conversa com alguém que se tem tornado pedra basilar da minha sanidade mental, ouvi algo tão simples como: a tua mente alcansa aquilo em que acredita. Vago e facilmente refutável, poderão alguns contestar... Talvez, se atendermos aos pedaços circunstânciais de locus de controlo externo que alteram e interferem com um possível plano inicial. Obstáculos, vá.
Mesmo assim, nada me impede de ter os meus "day dreaming moments", de respirar fundo e entrar num plano elevado de criatividade e imaginação onde o meu mundo é bem mais zen e equilibrado.
"This is only a song, it can't change the world"... Certo. Mas peça a peça, podemos fazer um castelo, uma cidade, uma metrópole inteira apenas com Lego (ah, fantástica infância). Confusos? Pois... Eu às vezes também fico assim. Bottom line is: podemos não conseguir mudar a vida de muita gente, mas se tornarmos a nossa um bocadinho mais feliz, se acreditarmos e sonharmos com aquilo que queremos, se sorrirmos mais vezes, formos mais gentis, mais calmos e equilibrados, não estaremos já a contribuir grandemente para a escala mundial de boa energia kármica?
Já é tempinho de arregaçar as mangas.

Saturday, June 12, 2010

Open for business

Nº 137... Ainda me esperam 41 números ao entrar neste local aprazível que é o Tax Office em O´Connell Street (ali bem ao ladinho do Burger King, numa ruela escondida e de movimento semi-suspeito).
Carpete cinzenta, paretes brancas e cadeiras corridas, alinhadas, em madeira de bétula e assento de tecido avermelhado. As Tvs em modo de silêncio mostram imagens da Sky News (e queriam eles ver-se livre dos britânicos). Vários screens salpicam a sala com os nºs dos tickets a serem atendidos naquele momento e a desk correspondente para onde se dirigir. Para que ninguém se perca há um mapa e tudo com um alegre "Você está aqui" e que vai piscando a localização da desk. A voz robótica que anuncia a (agonizante) mudança de números soa distorcida "Would ticket number ABC Please go to desk nºXYZ".
O enfado e a modorra são generalizados. Da última vez que cá estive fui atendida com um sorriso e simpatia por um funcionário extremamente prestável (algo raro em serviços públicos). Espero que aconteça o mesmo desta vez... Motivo? As aulas de Massagem Infantil e declaração dos rendimentos delas provenientes nos impostos.
45min depois chamam por mim. A funcionária igualmente empática e prestável entrega-me uma formulário para as mãos, circula os pontos importantes à medida que me explica o dito cujo do papel e responde às minhas perguntas de businesswoman/entrepeneur inexperiente e que quer jogar by the book.
E é assim que volto para casa. Saltitando por achar que vou fazer algo de fantástico ao pagar impostos e que isso é de louvar. Agora só falta preencher o papel e enviá-lo pelo correio. Welcome to brand new more difficult tax world!

Tuesday, May 25, 2010

Happy faces, high heels, not that happy feet

Depois de muitas ameaças e medo de ter de fazer ginástica aeronáutica, o meu vôo para o Porto não foi cancelado. A sorte protegeu os audazes (coff coff), as preces do meu pai foram ouvidas e o meu optimismo e vontade de acreditar na Lei da Atracção parece ter tido algum efeito na ordem universal da minha vidinha.
Já não sabia o que eram 34ºC ou o cheiro a protector solar ou a sensação do sol a cobrir-me a pele e torrar. Praia.. hum, maravilha.
O tempo fantástico foi um extra no dia do casamento da, agora, Mrs AF e do seu excelentíssimo "hubbie" Mr AM. E estavamos lá todos, ninguém ficou em Dublin no aeroporto, toda a gente deu com a casa da noiva e com a igreja e com o local do copo de água (apesar de um pequeno detour na rota inicial). Surpresa das surpresas, a nossa mesa era "Dublin" e a mais animada de todas. Há quem diga que talvez tenha sido do número de garrafas de Gazela e Alandra que de lá saiam vazias (ninguém se deu ao trabalho de contar as de água)... I beg to differ e digo que foram mesmo as pessoas. A foto da praxe? Não uma mas duas: uma do Gang todo, formais e de sorriso Pepsodent; a outra mais arrojada, de óculos de sol (incluindo os noivos) e sorriso Colgate, em que o Mr AM era o "intruso" no meio de todas nós, gajas boas, que trabalhamos na Neo.
E fomos os últimos a sair, pés inchados, maquilhagem e penteado já desfeitos, o sorriso estúpido e a alegria ainda intactos. Nenhuma de nós apanhou o bouquet, o que não causa qualquer tipo de transtorno já que os preparativos do casório parecem ter roubado anos de paciencia à noiva e desenhado mais umas quantas rugas e olheiras na cara dela.
Obrigada a eles pela festa, e obrigada a nós todos por a termos tornado ainda mais "festa".

Wednesday, April 21, 2010

Depois de uma manhã mal dormida, já que o sistema interno do organismo não coopera no reajustamento do ritmo circadiano e teima em mater-me acordada ou a dormitar aos soluços, sentei-me no sofá partido do meu T1 com vista para o jardim e uma nesga das Wicklow Mountains e viajei... Tive de ir de barco, é certo, e "Sail Away" já que os aeroportos ainda andam a meio gás. Mas valeu a pena a viagem... E esta foi a banda sonora escolhida.

Sunday, April 18, 2010

A Ilha

Era uma vez um vulcão... Já ninguém lhe ouvia o rosnar, quanto mais o rugir, há algum tempo até que um belo dia decidiu entrar em erupção. E foi o caos. Em vez de boatos, mentiras e coscuvilhice ou mesmo lava incandescente, foi poeira... muita poeira. Como diria a Ivete "Poeira, poeira, poeira, levantou poeira".
Resultado: a poeira levantou, o vento tudo levou e a ilha, apesar de não ter ficado deserta, ficou fechada ao tráfego aéreo. Ou seja, por ar, nada entra ou sai da Irlanda, só mesmo de barquinho, jangada ou a nado.
Agora é que, efectivamente, somos uma ilha: rodeados de água por todos os lados, e por poeira do lado que poderia faltar.

Tuesday, April 13, 2010

Kiss me baby!

E quando sentirem que o mundo vai desabar, arranjem alguém com quem trocar umas beijocas bem dadas. Pelos vistos ajuda...

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1543005

Monday, April 12, 2010

They will never get it

Enquanto começo a carregar nas teclas do portátil sinto tudo o que quero dizer mas, por alguma razão para além do meu controlo, acho difícil colocá-lo em palavras.
Como se pode expressar "o amor" em palavras? Perde-se a conta aos que já o tentaram fazer através de poemas, e dissertações e mais o diabo a quatro para, no fim, ficar sempre a sensação de espaço vazio, de algo por dizer.
A maior parte de vocês (que não sou muitos mas gosto de acreditar que são bons) sabem que adoro o meu trabalho. Talvez porque trabalhar com bebés, famílias e fragilidades seja algo quase inato, uma sensibilidade que gosto de acreditar que tenho. Ou então talvez goste apenas da sensação de poder e de me sentir como uma entidade protectora capaz de salvar, ressuscitar e dar vida (tipo Deus, os anjos e os arcanjos e os santinhos milagreiros).
Talvez o amor esteja na culpa que uma mãe sente quando não tem leite suficiente para os seus trigémeos e tem de escolher o que está mais doente como receptor de tal poção mágica em detrimento dos outros dois (e não gozem porque o leite da mãe é e será sempre o melhor entre os melhores). E, por isso, não descansa, e divide-se entre os dois hospitais por onde estão repartidos os filhotes. E a cada 3h, dia ou noite, senta-se pacientemente a esvaziar o leite da mama para uma garrafinha com ajuda de uma bomba electrica.
Talvez o amor esteja naqueles que nunca desistem; que acreditam que o seu rebento que nasceu às 25 semanas com menos de 1kg e demorou mais de 2 meses a respirar sem ventilador se vai ver livre das maquinetas brevemente, adquirindo uma cara menos deformada, semelhante à Doris do filme "À Procura de Nemo".
Talvez o amor esteja nas pequenas grandes etapas do crescimento, aquelas que fazem os pais dos "meus" pequenotes sorrir: ele hoje conseguiu respirar 3 horas sem oxigénio; bebeu 30ml do biberão; hoje à noite vamos tirá-la da incubadora e colocá-la no berço com body, babygrow e gorro na cabeça.
Talvez este tipo de amor não vos diga nada.
Talvez até achem que eu não sou capaz de me acalmar e falar tranquila e serenamente com pais.
Talvez acreditem piamente que o amor é aquela adrenalina maluca que acontece quando "botamos as vistinhas" numa garina/gajo jeitoso, ou quando trocamos uns ósculos ou quando o coração palpita como uma batata frita.
Eu acho que o amor, como alguém me disse há uns dias atrás, não se explica ou contabiliza e não é muito racional - é porque é! Sabemos apenas que nos preocupamos, que gostamos daquela pessoa, que davamos a medula, o rim, o pulmão, o intestino e toda a nossa vida por ela. Sabemos apenas que a dor dela é a nossa dor; que já estamos em sofrimento por ela mesmo quando ela ainda não sofre; que a alegria das conquistas dela é também nossa.
É algo de tão profundo e tão intenso que não dá para explicar...
E talvez nenhum de vocês venha alguma vez a perceber este texto. E muito provavelmente ninguém percebe o amor mas já o sentiu uma ou outra vez.

Saturday, April 10, 2010

Fiat na virgem e não corras

Eu até me fio nos Fiat... Mas fio-me mais no Mikinhos. Thank God he exists to save me from bad taxi drivers. E no fim, qual é a paga? Duas beijocas naquelas bochechinhazinhas fofinhas e uma trinca sem deixar marca. Ah, claro, e o belo do Nespresso. Nothing moves like a Saxo! You got the Mojo!!!

P.S. - Mikinhos, amor não consumado da minha vida, iremos consumir-nos até à última gota. Partilha tudo, até os gases. Já não sei que mais te diga, pronto. Esta é para tu. FIM.

Thursday, April 8, 2010

Resgates...

E tal como ficou ameaçado em post anterior, aqui vão pedaços de 2005.

Fado Negro que te escrevo de cabeça
Talvez ele te impeça de ir para outro lugar
A saudade encerrada no meu peito
Já de si tão desfeito
Neste lento suspirar.

Fado Negro sob este céu abafado
Onde escrevo e guardo as histórias que vivi.
Ah Deus, a tormenta deste amor,maldição
Cravado no coração
Que definha sem saber

Meu amor,
Roubas-me a calma
Que eu já não tinha na minha alma.
Esta vida, já é tão tua.
A dor que arde cá dentro,
É sentimento de ti brotado.
O teu nome, sempre é Fado.

Fado Negro no teu corpo aprisionado.
Qual foi o pecado para este destino cruel?
E querer nos meus braços te estreitar
E todos os cansaços largar
Nesse beijo prometido.

Fado Negro nos meus lábios está pendente.
Seriam para ti um presente estes versos que canto?
E neste recanto,
Onde caio e me torno louca,
A garganta fica grave e rouca
De tanto gritar que te amo.

Meu amor,
Roubas-me a calma
Que eu já não tinha na minha alma.
Esta vida, já é tão tua.
A dor que arde cá dentro,
É sentimento de ti brotado.
O teu nome, sempre é Fado.

Remeniscências...

Today was a good day... Apesar de ter ficado perturbada pela ausência de um certo artefacto dos cavalos na praça D Pedro V (em plena baixa Portuense), havia qualquer coisa de perfeição nostálgica no ar. Ali, sentada na escadaria, óculos de sol e unhas de vermelho vivo, o aroma da cigarrilha de baunilha ainda no ar, o sol a aquecer o meu universo e a música a apoderar-se dos meus pensamentos. Ah, la dolce vita.
"Onde estás?", ouvi do outro lado do telemóvel. "Onde combinamos, jovem!", respondi no meu meio sorriso de embrieguez primaveril.
Today was a good day.
Voltar atrás, ao passado, olhar para ele de um presente menos torbulento e negro, sentir que a toda a mágoa ficou lá atrás. Restam as doces rescordações, memórias acarinhadas em toque de veludo, suave, como se de uma música de jazz se tratasse. Ah... voltar atrás e não sentir aquela pressão doentia no peito, antes um leve e terno sorriso.
E como olhar para trás já não mete medo, um dia, sim, um dia prometo que vou ao baú e resgato as relíquias não consumidas pelo fogo da raiva ou da dor.
Obrigada!

P.S. - Ainda estou à espera dessas teorias. I scream, for Ice Cream! (raspberry please) :P

Tuesday, April 6, 2010

Comer em Casa

Quando hoje de manhã fui dar os bons dias à D. Sofia e tomar a minha medicação energética matinal (direcção: sair de casa, atravessar a rua e Voilá, CAFÉ!), deparei-me com um folheto acerca de uma coisa brilhante que aconteceu na vida das pessoas aqui da zona. www.comeremcasa.com Sim, eu sei, à partida não é mais que um site de comida e tal e coisa... Mas é muito muito mais. Agora as Francesinhas do Sr Freitas estão ao alcance de todos. Ah, pois é meus caros.
Ide "Comer em Casa", procurem em Maia de depois... "Snack-bar O Freitas". No Sôr Freitas só há dois tempos para as coisas "Meia Hora" ou "Tá a Sair". Claro que vir até Catassol para um Francesinha no ambiente desta casa de pasto (LOL) é sempre mais intenso. Mas se comerem em casa e levarem na embalagem não vão mal servidos. E se disserem que me conhecem melhor ainda (apesar de ter a ligeira ideia que o Sr Freitas e a D. Sofia não fariam a mínima ideia de quem é a Sardanisca).
Vale a pena, vale muito muito a apena. Experimentem e depois dêem o feedback.

Não têm de quê. :)

Home is...

Há quem diga que o lar é onde está o coração. E se o coração estiver dividido e não souber onde está? Será que isso nos torna sem tecto ou uma espécie de sem abrigo por ausência de lugar de pertença? Bah... Aqui há menos de uma semana e sinto falta do Roger, e do Mikinhos, e da Tininha, da Miss F e da Miss B e de tudo o resto que fui acumulando ao longo de 2 anos em Dublin.
Quero o meu T1 de volta, o meu silêncio, a minha roseira, Grafton Street, Temple Bar, St Stephens Green e Howth. Levava algumas coisas comigo, certo, e a felicidade seria mais que completa...
Ai, ai, bem diz a buelita que ninguém está bem com a vida que tem. So true.
Home is where your heart is... But where the hell is mine?

Sunday, April 4, 2010

Mi Mojo

E eu então perguntei ao motor de busca "What's the Mojo?" e o answers.com disse.



n., pl., -jos, or -joes.
1. A magic charm or spell.
2. An amulet, often a small flannel bag containing one or more magic items, worn by adherents of hoodoo or voodoo.
3. Personal magnetism; charm.



If your mojo is working, you lead a charmed life. That's because mojo, in its original sense, is a charm, kept in a cloth bag. [...] If your mojo is working, you have sex appeal. But if someone else touches or even sees your mojo, it can lose its power. [...] Nowadays the word is widely used, often with no reference to a magical cloth bag but simply meaning power, influence, or advantage.


And the slang...

1. magic or spells. (Assumed to originate with African slaves. Very old.) The old lady was said to possess powerful "mojo" which the others feared her for.

2. power; charisma. She seemed to radiate a penetrating mojo that made her easy to deal with.

3. sex appeal; sex drive. Man, does he have mojo to spare!

4. heroin; morphine; cannabis. (Drugs.) Why don't you try to kick the mojo?

5. a narcotics addict. (Drugs.) These mojos will rob you blind if you don't keep an eye on them.



E agora pergunto eu... Do you think I have it?

Onde é que se desliga?

Antes de iniciar o acto verborreico e eloquente de hoje gostaria de partilhar um não segredo do mundo online do qual tomei conhecimento há umas semanas atrás numa certa despedida de solteiro. musicovery.com Apenas isto... Muita música, para todos os gostos, possibilidade de a seleccionar conforme gostos e moods. Agora o post propriamente escrito...
(o James Brown está agora a encher o ar com a sua voz caramelo e a dizer-me que "Ai e tal, I feel good, I feel nice 'cause I got you". Pergunto-me, meu caro JB se terias energia para keep up with the beat. Anyway...)
Segundo o Grande Dicionário Enciclopédico, volume XII (aquele entre patamal e queimador), PICA é um substantivo feminino que fica arrumadinho entre "Pibó" (ferro aguçado que serve de eixo ao rodízio do moinho) e "Pica-Amoras" (nome dado ao passaroco Amoreira). Ora, feita a localização geográfica da coisa passemos ao momento Eça de Queirós e suas descrições detalhadas. Não quero que falte nada na vossa mentalização da "Pica". Acto de sachar milho, lança, partes delgadas num navio, escalo, camarão-bruxo, pénis (oh diabo!), perversão do apetite - desejo de comer matérias impróprias para a nutirção...

Tudo isto é muito bonito e tal, mas o que eu queria mesmo mesmo era falar da PICA, não o final do cigarrinho (ou enrolado de maconha) ou a Sra que trabalha nos serviços de transporte publicos a fazer furinhos nos bilhetes e muito menos da administração de injectáveis realizadas por enfermeiras jeitosas de bata branca, salto alto e decote denunciador de mamarufas proeminentes... simplesmente a energia, o entusiasmo, vitalidade condensada numa pessoa Big Bang.

Havia quem me dissesse "Tu, Pica?! Hahaha, tenho de ver isso!". E depois viu, e não fez mais nada a não ser perguntar se por acaso vinha com botão OFF incorporado. E Encostou-se pacientemente à espera que a sua Pica voltasse depois de umas férias por tempo indeterminado ao centro da Terra para um spa energético. Mas pelos vistos houve erro no fabrico desta máquina de modelo único e o engenheiro que a concebeu esqueceu-se desse botão (assim como do regulador de temperatura e dos diferentes modos de velocidade).



Do you ever wonder what would happen if atoms colided in front of you? Me.



P.S. - Obrigada à Miss Kapa por também ter fluxo energético e o diabo no corpo. Shake your body right!

Saturday, April 3, 2010

If it kills me

If only I could find words to describe this...

http://www.youtube.com/watch?v=n0xT9SwT2PQ

ai, ai...

Friday, April 2, 2010

To my one and only LUV

Su... Esta também é para ti... A ultima musica que ouvimos e não sabiamos o que era. Let's shed all the worries away girl. Akuna matata

http://www.youtube.com/watch?v=cQyGYdRqulQ&feature=related

'Cause your my bi-yatxe

Para a Su, porque não há nada que substitua os nosso minutinhos (não ler minetinhos, ok?)... Aquilo é que era o carro Louco, tudo abanava. hihihihi I know you want me, you know I want'cha!

http://www.youtube.com/watch?v=E2tMV96xULk

Santa chuva!

Pois é, sai uma gaja da Irlanda à espera de um pouco de sol e calor e tal e é isto... CHUVA. Hoje é sexta feira santa por isso a água é capaz de ser benta o que significa que se me molhar não me constipo e fico abençoada para o resto do ano. Assim posso esperar que as coisas corram pelo melhor, já que houve intervenção divina na coisa.
Pensamentos esotéricos ou coisa do género à parte. Com água molhada a cair do céu ou não (de preferência não), não vou ficar em casa à espera de melhores dias. Toca a ir para o mundo, porta fora, abanar o esqueleto e espantar fantasmas e maus olhados. Xô, andor violeta!


http://www.youtube.com/watch?v=6xbpAZMoa1g&feature=related

Wednesday, March 31, 2010

It's a jet lag thing...

Acordar, banho, vestir, arranjar táxi, tomar pequeno almoço, queimar a língua ao beber o café porque o táxi já chegou e está a cobrar...
Pegar no trolley e no pai grande do trolley, última olhadela à casa (água desligada, check! net desligada, check! electrodomésticos excepto frigorífico desligados, check! passaporte e cartão de embarque, check! molho de chaves para tudo e mais alguma coisa, check!... oh oh lembrei-me agora que não reguei as plantas... :S ) e porta fora.
O alarme de incêndio disparou no aeroporto, apanhei com neve na fronha e soltei impropérios ao vento pelo gelo enquanto caminhava para o avião e esperei pacientemente no meu 22F que descongelassem o avião para podermos levantar vôo.
Oh pah... E hoje deu-me para implicar com as casas de banho.
Se é proibido fumar nas retretes dos aviões, porque é que põem lá um cinzeiro? E outra cena... Aeroporto de Lisboa. Quem foi o arquitecto espertinho que se lembrou de por chão brilhante? É que se a malta quiser, vê tudo (de baixo para cima) que se está a passar no cubículo ao lado.
Mas pronto, foi giro os meus pais demorarem mais do que o habitual para me reconhecer e termos feito umas detours pelo caminho e tal e coisa e chegarmos a casa mmmmmmmuuuuuito tempo depois.
Eu só sei que quero a minha caminha... E o cão de pelúcia e o beijinho de boa noite. Ah, e não ter de acordar às 3:30 da manhã mais nenhuma vez esta semana.

Monday, March 29, 2010

Oh pah, a letra é gira...


Andava com esta música na cabeça há mais de uma semana e não sabia o título ou o grupo. E como que por obra do acaso, ou destino ou o que lhe queiram chamar, hoje de manhã ao colocar os headphones para me manter acordada durante uma pausa para chá... Voilá! Num é que a dita cuja carcará sanguinolenta estava a tocar na rádio? What are the odds? Era bom era que a "onda" de boa sorte continuasse... Vou concentrar-me em sol e calor agora, pode ser que se pedir com muita força resulte.

http://www.youtube.com/watch?v=-J7J_IWUhls

P.S. - desculpem caras famílias pelo erro inicial do link... Agora sim, tá nos trinques. :)

Prova de bala

Ao contrário do que o título possa sugerir, não andei a disparar armas ou a tentar abater quem quer ou o que quer que fosse. Confesso que a ideia me passou várias vezes pela cabeça hoje de manhã, enquanto a minha partner de noites Little Miss F se queixava de algo, novo ou repetido, a cada 2 minutos: a chuva, o frio, a falta do namorado, o facto de lhe ter oferecido o pequeno almoço, termos de apanhar o autocarro, a distancia desde a paragem de autocarro até ao destino, o tempo de espera para a minha consulta de oftalmologia, eu "não ter acertado" nas letras expostas durante o meu exame de visão (porque, efectivamente, sou pitosga e aquilo não era um teste de conhecimentos adquiridos), o 1% de possibilidade de complicações de uma cirurgia a laser... "Mas porque é que pedes meia de leite de soja? Ao pequeno almoço comeste os cereais com leite de muuuu!"
ARGH Mas quem é que te trouxe coisa ruim? Depois lembrei-me que a culpa foi minha ao pedir-lhe para ir comigo à consulta (as gotas nos olhos deixam-me fotossensível e podia magoar algum autocarro ou atirar-me de cabeça para algum passeio mais sexy...). Lá está, mais que provado que a privação do sono e a ausência de expoxição à luz solar deixam as pessoas mal dispostas e com níveis elevados de irritabilidade.
"Olha, pagas-me o bilhete de autocarro? É que não tenho dinheiro trocado..." É, primeiro insulta e depois cenas e tal... E o meu beijinho? Só mo deu contrariada e a muito custo (não desses beijos de língua depravados de que a Katy Perry fala na sua linda canção I Kissed a Girl).
hihihihi Mas sempre dá alguma animação aos meus dias... ou noites... ou o que quer que seja que esta hora é para mim, já que o jet lag tem destas coisas de desorientação.

Também te amo muito minha linda... :P

Sunday, March 28, 2010

O fim do tempo...

E todos turnos de noite seriam muito melhores se tivessem menos uma hora. Apenas isso (era bom é que os colegas das manhã chegassem a horas...)
1 to go - Felicidade! Mais que um kinder bueno, o fim de um pesadelo de dias mal dormidos, refeições mal planeadas e ausência de vida social interactiva.

P.S. - O dia de S. Receber está próximo. Oh alegria, oh júbilo, oh compensação pela tortura que é Night duty.

Saturday, March 27, 2010

Toca a acordar!!!

E para contrariar o sindrome de privação do sono...

http://www.youtube.com/watch?v=6vwNcNOTVzY

Agora imaginem dançar isto enquanto se tenta fazer um bolo... Não dá, o beat vence sempre.

Get down girl, go yeh,get down.

Thursday, March 25, 2010

Vira o disco e toca o mesmo

De há uns dias para cá colei em certas e determinadas músicas e enquanto vou mudando fraldas e alimentando bebés através de tubinhos tenho-as a rodar constatemente na cabeça tipo disco riscado. E depois digam que o trabalho nocturno não deixa uma pessoa viradinha do avesso... "Iscuintainde"

http://www.youtube.com/watch?v=tfBY96qxVRQ&NR=1&feature=fvwp

P.S. - Florência, ganda letra (que é como quem diz... Florence, great lyrics!)

Sunday, March 21, 2010

GRRRRRRRR

E não é que a Tininha foi "violada" outra vez? Vai uma gaja toda lampeira ao supermercado e uns knackers feios da boca decidem levar como "recuerdo" o farolim dianteiro. Agora se eu vos atropelar numa passadeira seus inergúmeros ranhosos sem noção de estética, etiqueta, propriedade privade ou meio neurónio integro não corroído por demasiadas substâncias ilícitas, é mais que bem feito! Apre, arre e raio que vos parta!

Saturday, March 20, 2010

Road trip


Como ainda estou à espera que o café matinal faça efeito, achei por bem actualizar o meu cantinho de ideias não sujeitas a escrutínios e lápis azuis ou coisa semelhante. A semana passada...
Ai a semana passada... Road trip aqui na Irlanda: 5 mulheres, 1 carro, 3 noites bem passadas. Se na vossa cabeça já estão a criar imagens parecidas com muita coisa da ficção de cordel e bordel esqueçam. As pink ladies serão sempre.... bem, umas ladies. O segredo de tais personagens ficaram no segredo das nossas máquinas fotográficas mas as imagens da Irlanda menos explorada (em comparação a Dublin, Cork ou Galway) serão partilhadas de bom grado.
Resumindo o traçado da coisa. Partimos de Dublin num fantástico dia solarengo, 4 portuguesas e 1 irlandesa que já deve estar a tornar-se portuguesa por osmose (ou então não). Hits dos anos 60, 70, 80 e 90 a serem desafinados a boa voz, muitas gargalhadas e calinadas na língua inglesa. Umas horas e muitas vacas, ovelhas e curvas apertadinhas depois... Tramore. Segundo nos explicou a nativa significa "A grande praia". Bonito, muito bonito, pena o frio, senão iamos todas ao banho. Mas adiante senão ainda me apedrejam por andar a empalear.
Há óptima comida na Irlanda e a arte de bem receber está bem viva e recomenda-se. Para os bons garfos visitem menupages.ie e pesquisem o que vos agrada. Os B&Bs são uma forma mais económica de alojamento, não deixa de ser confortáveis e têm a vantagem de uma atendimento mais personalizado e informal. Se isso não é a vossa "cup of tea" toca a dar uso aos motores de busca do pc e procurar promoções para dias da semana. Graças à nossa agente de viagens super eficiente (a Irish do grupo) tivemos um óptimo negócio em Kilkenny: jantar, disco e alojamento num quarto para as 5. Ai... já tenho saudades dos pubs de chão de madeira negro coçado, lareira acesa e um "je ne sais quoi".
Foi bom enquanto durou... Agora é voltar à rotina e esperar que a ressurreição do rosa não demore tanto quanto isso (se não for por uma boa causa sou da opinião de se criar uma).

Wednesday, January 27, 2010

2010, 1 mês depois

Eu sei que a minha frequência de escrita não tem sido das melhores... E reconheço que aquilo que escrevo é mais uma visão pessoal do mundo que uma ajuda ao mundo através de uma experiência pessoal. Mas enfim, se não podemos fazer esse tipo de coisas na internet e na blogoesfera, onde raio haviamos de o fazer?
Updates "à la minute":
- o Natal passou, o Ano Novo passou e a escala numérica que nos informa da velhice em termos de anuidade subiu mais um pontinho.
- os cortes orçamentais são uma pandemia mais real que a da gripe A (afinal o meu instinto de conspiração estava correcto e não devia ter cedido à pressão de pares e ter recebido a vacina)
- nevou na Irlanda, o país quase parou e muita gente não teve água porque os canos congelaram. Andei de bicicleta na neve e no gelo e chamaram-me suicida bastantes vezes.
- vôos cancelados, novos bilhetes de avião mais caros que ouro, 10 horas de espera num aeroporto sem grande espaço para entretenimento e uma aterragem demasiado turbulenta.
- resfriado e perda quase total de pele saudável nas mão devido a regras básicas de higiene de qualquer enfermeiro que se preze.

O meu ano começa como o de qualquer pessoa... Com um grande susto quando se espreita a conta bancária e nos deparamos com um número bem mais pequeno do que o previamente consultado.
Mas não sofro terramotos, a minha família pode estar longe num país governado por incompetentes mas está bem e não preciso de me preocupar excessivamente com eles. Por isso, e apesar de me queixar constantemente da vida e dos obstáculos a que me submeto por ser como sou (uma das heranças de se ser Português), até estou muito bem e pertenço aquela fatia mundial que tem acesso a muita coisa. Enfim... (suspiro).

Happy new year, cuidado com os doces, muito exercício, paz, amor e auseência de catástrofes humanitárias, naturais ou provocadas.