Sunday, March 1, 2009

Mudança


A palavra nem é um palavrão muito grande para pessoas de elevado estatuto de eloquência ou que se tentam pavonear pelo número de palavras caras e complicadas que utilizam em cada frase (tanto que depois ninguém as percebe, nem elas mesmas). É algo entre o mugido de uma vaca, "Mu", e uns passitos de cha-cha-cha, valsa, tango ou hip-hop "dança". Eu sei... é uma comparação estúpida e sem grande nexo mas esse simples facto talvez vos tenha feito sorrir.


Mas não me atirei às teclas do portátil para discorrer as minhas teorias estapafúrdias acerca da formação das palavras... Quero mesmo falar de mudanças, daquelas que ocorrem todos os dias à nossa volta e em nós mesmos, daquelas que transformam os mundos, os horizontes, os sonhos e as perspectivas, daquelas que imprimem um compasso diferente ao nosso ritmo.


Às vezes, quando olho para trás, para aquele que eu gostava que tivesse sido o meu futuro, dá-me vontade de rir. Aos 16 o meu sonho era entrar em Medicina aos 18 anos, casar-me aos 23 (virgem) e ter o meu primeiro filho por volta dos 24. Hoje, enfermeira de 24 anos a viver na Irlanda, solteira sem filhos (o Rodrigo é um boneco e por isso não conta) e sem perspectivas de uma alteração significativa em nenhuma dessas partes (à excepção da idade), sinto-me feliz por tudo não ter acontecido "according to plan".

Um dos meus mais recentes amigos, a quem chamarei de Paddy Power (ele sabe quem é), está a passar por um período desses, em que tudo parece virar do avesso. Eu diria que o Mr Power bateu com a cabeça no fundo de qualquer coisa e se apercebeu, felizmente, que a vida dele não estava a seguir um rumo no caminho da prosperidade. Como muita gente Paddy Power chegou à brilhante conclusão que se tinha acomodado numa vida que não desejava muito... Depois de "Os Humanos" lhe terem sussurrado ao ouvido "Muda de vida se tu não vives satisfeito", o Paddy lá se tocou mas pronto, como é mais um sonhador que um tipo com iniciativa, precisou de uma mudança ao estilo sismo de intensidade 8 na escala de Richter para começar a mexer os presuntos.

E pronto, não sei até que ponto o meu amigo Paddy irá mudar (já que acho que ele precisa não só de um makeover no quotidiano mas sobretudo algo interior, o sair de zonas de conforto e tal) mas só espero que ele possa ser mais feliz na sua vida renovada, atingir o equilíbrio interior, cultivar o amor e aprender a partilhar tudo ao estilo bolachas Artiach: Quem parte e reparte, fica sempre com a melhor parte.

Eu, à custa do Paddy, decidi relaxar um bocadito e aproveitar um tempinho livre "to pamper myself" (como diria a malta cá do sítio) e mimar-me com uma escapadinha de 3 dias para um spa no meio do campo. Ah pois é... Se eu não gostar de mim, quem gostará? :) Um brinde às mudanças positivas!

2 comments:

Anonymous said...

Mudanças positivas e negativas fazem sempre parte do nosso percurso enquanto pequenos seres humanos. Tu mudastiii?? Para mim continuas a mesma Ána cristiná de sempre que eu conheci mal nasci, com quem brinquei de triciclo e ás cassadinhas...aiiiii! Como eram bons esses tempos =)
Uma coisa acho que não muda em mim é este síndrome de Peter Pan. Acho que nem eu quero que mude... Foreverrrrrrrrrrr young!
Mudast para outro país e tás crescida é claro. Mas a familia da August Simons (versão tuga-irish) está sempre ao teu lado! Never forget!
Um dia o Rodrigo virará humano e vai ser mais um vivasso...ehehehe!
Sonhar não faz mal cusin´, you know it!
Besus e abraços aqui de casa**

Anonymous said...

Mudança....Eu tenho um pouco medo dessa palavra é um facto, mas vou tomar de exemplo a batidela de cabeça do teu amigo Paddy e fazer o mesmo, porque para quem nao esta satisfeito a solução é só mesmo uma, mudar!
Ja mudei muitas vezes, umas para melhor, outras nem por isso, mas acho que valeu tudo a pena, e por isso "mais uma fichinha mais uma mudança...." e mais um voltinha no carrossel da vida que se formos a ver é uma grande macacada!
Beijos amiga.