Wednesday, March 4, 2009

May I touch you?




Pois é, ainda não tinha feito um post sobre isto é ja estava a tarde. É verdade, apesar de estar rodeada de bebés o tempo inteiro no meu trabalho tal não me era suficiente... Não, eu queria mais, muito mais do que isso. Queria que os bebés fizessem parte do meu dia a dia e da minha noite... Respirar, dormir, acordar, sonhar, "tudo o que se possa imaginar" bebés. Para aqueles que possam pensar que estou grávida temo informar-vos que não é para já. Tenho uma criança dentro de mim mas não nesse sentido objectivo da coisa.


Massagem Infantil. Massagem para bebés. É esse o meu hobbie mais recente, ser instrutora de massagem. Assim, desde há 2 semanas para cá, às quartas feiras de tarde pego no meu saco da Pucca e enfio lá dentro o Rodrigo (em memória do grande Rodrigo Santoro) e a Katy (after Katy Perry, era a música a dar na rádio na altura), os bonecos coloridos, as garrafinhas de óleo e a minha papelada e lá vou eu... Estendo a manta turquesa no chão, os tapetes roxos de Yoga que há no centro e espero ansiosamente pelo momento em que vejo bebés e pais a entrar na sala.


É um momento feliz para todos (penso eu de que).


Eu adoro aquela espécie de bolha que envolve cada unidade pai/bebé; um mundo de risos, palavras modificadas para facilitar a comunicação, caretas, rimas, canções e... um qualquer coisa que não dá para explicar mas que me deixa completamente embevecida.


Num mundo em que o egoismo e o capitalismo parecem dominar, ver alguém atento à comunicação dos mais pequenitos "Queres uma massagem? Posso tocar-te?", e aceitando a resposta, é uma grande lição de amor, respeito e altruísmo.


Porque é que o faço? Porque acredito que o mimo que vem do amor não estraga ninguém, muito pelo contrário, torna-nos mais independentes e seguros, já que sabemos que haverá sempre alguém, um porto seguro, a que podemos recorrer, não importa quando ou onde. A confiança em nós e no mundo é algo que começa no berço, quando choramos e alguém pega em nós ao colo e nos faz adormecer ou quando passamos de colo em colo pelas diferentes pessoas da nossa família, que fazem questão de nos encher a cara de beijos (e baba) e de fazerem palhaçadas só para nos ver sorrir.


Por isso, e mesmo que os meus pais não tenham frequentado aulas de massagem infantil, toda a minha família e amigos me encheram e enchem de amor todos os dias... E mesmo estando longe, sei que eles estarão sempre por perto. E se me perguntarem com os olhares e os braços abertos: "May I touch you?" a resposta será apenas uma: Yes, please!

1 comment:

Anonymous said...

Yes, please!!!Seria a minha resposta para todos aqueles que amo, e também para ti, pois foste um dos toques importantes no momento em que fui perdendo diariamente o toque da minha mãe, alias, acho que ela também iria agradecer o teu toque para com ela e obviamente para comigo (quem meus filhos beija minha boca adoça), é que para quem nao sabe o toque de massagem é óptimo, mas o toque de conforto e amizado é muito mas muito melhor!