Saturday, March 28, 2009

Bámus ao Parquiiii?


Despertem os sentidos... a primavera está a acordar.

Escapadinha de 3 noites

Há muitos anos atrás, havia uma cidade na Bélgica com um nome romano engraçado que deu origem há palavra Spa (qualquer coisa derivada do latim para "hidratar"). E muitos, mas muitos anos depois eu fui a um... Spa. Pensei que a origem da coisa fosse ao estilo sigla, algo como Special Place for Ahhhhhhhhhhhhhhhh. Pelos vistos não. De qualquer maneira e indo ao assunto fulcral...
Fui a um Spa. Por 4 dias e 3 noites fui senhora de um quarto com vista para o campo. Passeei por corredores de roupão de banho e chinelos a condizer. Li o meu livro enquanto beberricava chá (infusão, vá) no "lounge room" numa confortável poltrona de toque de veludo. Pratiquei Yoga e Chi-Kung, apreciei os arredores do topo de uma bicicleta, encurrilhei a ponta dos dedos na piscina de hidromassagem... Princesa de um castelo partilhado com outra realeza, pessoas vulgares num lugar especial.
Para mim, que passo a vida a cuidar de outros, ter alguém que cuidasse de mim foi no mínimo, bom. Os pequenos pormenores como a garrafa de água no quarto, a marquesa de massagens aquecida, saberem o meu nome quando ia jantar... e a paisagem... "breathtaking" para todos aqueles que apreciam um bom cenário bucolicamente verde, pacato, pacífico, silencioso e perfumado por estrume animal. :)
http://www.templespa.ie/ é o caminho para uma escapadinha perfeita seja a sós ou com companhia. Ficam algumas imagens.

Wednesday, March 25, 2009

Cabanas - doismileoito

Obrigada por me trazerem de volta a casa em cada acorde...

Tuesday, March 24, 2009

Sometimes I wonder...

What if God was one of us?

Wednesday, March 4, 2009

May I touch you?




Pois é, ainda não tinha feito um post sobre isto é ja estava a tarde. É verdade, apesar de estar rodeada de bebés o tempo inteiro no meu trabalho tal não me era suficiente... Não, eu queria mais, muito mais do que isso. Queria que os bebés fizessem parte do meu dia a dia e da minha noite... Respirar, dormir, acordar, sonhar, "tudo o que se possa imaginar" bebés. Para aqueles que possam pensar que estou grávida temo informar-vos que não é para já. Tenho uma criança dentro de mim mas não nesse sentido objectivo da coisa.


Massagem Infantil. Massagem para bebés. É esse o meu hobbie mais recente, ser instrutora de massagem. Assim, desde há 2 semanas para cá, às quartas feiras de tarde pego no meu saco da Pucca e enfio lá dentro o Rodrigo (em memória do grande Rodrigo Santoro) e a Katy (after Katy Perry, era a música a dar na rádio na altura), os bonecos coloridos, as garrafinhas de óleo e a minha papelada e lá vou eu... Estendo a manta turquesa no chão, os tapetes roxos de Yoga que há no centro e espero ansiosamente pelo momento em que vejo bebés e pais a entrar na sala.


É um momento feliz para todos (penso eu de que).


Eu adoro aquela espécie de bolha que envolve cada unidade pai/bebé; um mundo de risos, palavras modificadas para facilitar a comunicação, caretas, rimas, canções e... um qualquer coisa que não dá para explicar mas que me deixa completamente embevecida.


Num mundo em que o egoismo e o capitalismo parecem dominar, ver alguém atento à comunicação dos mais pequenitos "Queres uma massagem? Posso tocar-te?", e aceitando a resposta, é uma grande lição de amor, respeito e altruísmo.


Porque é que o faço? Porque acredito que o mimo que vem do amor não estraga ninguém, muito pelo contrário, torna-nos mais independentes e seguros, já que sabemos que haverá sempre alguém, um porto seguro, a que podemos recorrer, não importa quando ou onde. A confiança em nós e no mundo é algo que começa no berço, quando choramos e alguém pega em nós ao colo e nos faz adormecer ou quando passamos de colo em colo pelas diferentes pessoas da nossa família, que fazem questão de nos encher a cara de beijos (e baba) e de fazerem palhaçadas só para nos ver sorrir.


Por isso, e mesmo que os meus pais não tenham frequentado aulas de massagem infantil, toda a minha família e amigos me encheram e enchem de amor todos os dias... E mesmo estando longe, sei que eles estarão sempre por perto. E se me perguntarem com os olhares e os braços abertos: "May I touch you?" a resposta será apenas uma: Yes, please!

Sunday, March 1, 2009

Mudança


A palavra nem é um palavrão muito grande para pessoas de elevado estatuto de eloquência ou que se tentam pavonear pelo número de palavras caras e complicadas que utilizam em cada frase (tanto que depois ninguém as percebe, nem elas mesmas). É algo entre o mugido de uma vaca, "Mu", e uns passitos de cha-cha-cha, valsa, tango ou hip-hop "dança". Eu sei... é uma comparação estúpida e sem grande nexo mas esse simples facto talvez vos tenha feito sorrir.


Mas não me atirei às teclas do portátil para discorrer as minhas teorias estapafúrdias acerca da formação das palavras... Quero mesmo falar de mudanças, daquelas que ocorrem todos os dias à nossa volta e em nós mesmos, daquelas que transformam os mundos, os horizontes, os sonhos e as perspectivas, daquelas que imprimem um compasso diferente ao nosso ritmo.


Às vezes, quando olho para trás, para aquele que eu gostava que tivesse sido o meu futuro, dá-me vontade de rir. Aos 16 o meu sonho era entrar em Medicina aos 18 anos, casar-me aos 23 (virgem) e ter o meu primeiro filho por volta dos 24. Hoje, enfermeira de 24 anos a viver na Irlanda, solteira sem filhos (o Rodrigo é um boneco e por isso não conta) e sem perspectivas de uma alteração significativa em nenhuma dessas partes (à excepção da idade), sinto-me feliz por tudo não ter acontecido "according to plan".

Um dos meus mais recentes amigos, a quem chamarei de Paddy Power (ele sabe quem é), está a passar por um período desses, em que tudo parece virar do avesso. Eu diria que o Mr Power bateu com a cabeça no fundo de qualquer coisa e se apercebeu, felizmente, que a vida dele não estava a seguir um rumo no caminho da prosperidade. Como muita gente Paddy Power chegou à brilhante conclusão que se tinha acomodado numa vida que não desejava muito... Depois de "Os Humanos" lhe terem sussurrado ao ouvido "Muda de vida se tu não vives satisfeito", o Paddy lá se tocou mas pronto, como é mais um sonhador que um tipo com iniciativa, precisou de uma mudança ao estilo sismo de intensidade 8 na escala de Richter para começar a mexer os presuntos.

E pronto, não sei até que ponto o meu amigo Paddy irá mudar (já que acho que ele precisa não só de um makeover no quotidiano mas sobretudo algo interior, o sair de zonas de conforto e tal) mas só espero que ele possa ser mais feliz na sua vida renovada, atingir o equilíbrio interior, cultivar o amor e aprender a partilhar tudo ao estilo bolachas Artiach: Quem parte e reparte, fica sempre com a melhor parte.

Eu, à custa do Paddy, decidi relaxar um bocadito e aproveitar um tempinho livre "to pamper myself" (como diria a malta cá do sítio) e mimar-me com uma escapadinha de 3 dias para um spa no meio do campo. Ah pois é... Se eu não gostar de mim, quem gostará? :) Um brinde às mudanças positivas!